Eu sou uma grande farsa.
Sou só uma garotinha de 16 aos que deu errado, mas continua tentando.
Sou só um para sempre que deixou de existir.
E poucas coisas me prendem ao passado. A não ser uma música ou uma noite de pesadelo.
E os pesadelos me perseguem, porque, lá no fundo, em um lugar bem escondidinho, a gente nunca deixa de ser quem realmente é, ou seja, dificilmente a gente muda por dentro. Da boca pra fora, faz-se o que bem entende. Mas as pessoas andam por aí dizendo que mudaram, amadureceram, aprenderam. E eu finjo que acredito. Em mim e nos outros.
Mas, às vezes, deixo a protagonista de lado, só por uns minutos, para lembrar a garotinha que gostava de mexer nos cabelos e sorrir, linda, doce, sem pensar em nada. Depois volto a ser adulta, forte, decidida, como uma rocha. E pode continuar batendo, que a rocha até pode furar, mas já não é tão fácil assim.
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