31/10/2010

Política para todos é coisa de palanque

Sinto-me cada vez mais vazia. Deve ser um sinal das decepções da velhice. O tempo passa e os discursos políticos continuam os mesmos. O Serra dizer que vendia frutas com o pai para ganhar prestígio político foi o Ó da hipocrisia; e a Dilma querer fazer cortesia com o chapéu do Lula durante a campanha inteira me deu enjoo.

Estou fazendo um esforço imenso para ter esperança de que o governo da Dilma resultará em um Brasil melhor e acreditar nessas coisas todas que ela tem “prometido” durante a campanha, mas tenho lá minhas ressalvas. Bem, ao menos não foi o Serra. Aí sim a merda tava feita.

Entra ano e sai ano, entra discurso e sai discurso, e o tempo que minha mãe leva para marcar uma consulta no SUS continua o mesmo. As escolas públicas, nas quais tenho procurado estágio, continuam, na melhor das hipóteses, do mesmo jeito, um verdadeiro Carnaval: analfabetismo - "0"; analfabetos funcionais no 9º ano do Fundamental II - “10". A segurança pública que existe definitivamente não funciona, pelo menos no meu bairro. E eu não quero saber se isso deve ser feito com arrecadação de município, do estado ou do governo federal. Fácil ficar empurrando a culpa do fracasso da sua gestão para a jurisdição política do amiguinho né? Mas chega de ficar fazendo discurso sobre coisas que me parecem óbvias (pelo menos para quem não nasceu em “berço de ouro”).

Sei que, como cidadã, nesse momento eu deveria estar minimamente otimista, e fazer jus ao slogan da campanha publicitaria que dizia “Sou brasileiro e não desisto nunca”, todavia, não é o que está acontecendo, e é um direito meu (ou cidadão só tem deveres?). Bem, acho que o melhor que poderia acontecer nos resultados das eleições, aconteceu. Agora é esperar, quer dizer, fazer a minha parte porque nenhum político vai ao bairro de eleitor para perguntar se "está tudo bem" quando não é época de eleição.

Ah, ah!  Mas se você está achando que vou terminar esse texto com discurso pessimista, está muito enganado. Há uma parte boa em tudo isso, gente! Com o final das eleições vou poder  ficar um tempo sem assistir ao horário político.

30/10/2010

Gramática

Pergunta muito boa de uma aluna do 2º ano do Ensino Médio:

- Como seria mesmo a conjugação do verbo "blogar" no pretérito imperfeito do subjuntivo?

Se eu blogasse...

"Sangrando"

Quando eu soltar a minha voz
Por favor entenda
Que palavra por palavra
Eis aqui uma pessoa se entregando

Coração na boca
Peito aberto
Vou sangrando
São as lutas dessa nossa vida
Que eu estou cantando

Quando eu abrir minha garganta
Essa força tanta
Tudo que você ouvir
Esteja certa
Que estarei vivendo

Veja o brilho dos meus olhos
E o tremor nas minhas mãos
E o meu corpo tão suado
Transbordando toda a raça e emoção
E se eu chorar
E o sal molhar o meu sorriso
Não se espante, cante
Que o teu canto é a minha força
Pra cantar
Quando eu soltar a minha voz
Por favor, entenda
É apenas o meu jeito de viver
O que é amar.


Mantra - Nando Reis & Os Infernais - MTV Ao Vivo

EVERYTHING ( Ellen Degeneres show 2004)



http://www.youtube.com/watch?v=_pIKFioHHTg

É O Que Me Interessa - Trama Radiola 30/08/09



http://www.youtube.com/watch?v=l9q8eVg2WtQ

29/10/2010

"Pão ou Pães é questão de opiniães"

Quando não vejo sentido nas coisas espero a hora certa para entendê-las. E se mesmo assim não as entendo, não as desconsidero pelo simples fato de que existem tantos pontos de vista quanto pessoas no mundo.

Retalhos de tempo

Tenho trabalhado 10hs diárias e, às vezes, quando chego da faculdade, por volta das 22hs sinto dor por todo o corpo. Gentéeeeeee!  é muito tempo sentada na mesma posição! Fordismo do século 21. Mas nem sempre foi assim. Esses dias eu estava lembrando os meus tempos de estágio na prefeitura. Geralmente, levantava por volta das 9hs, tomava café – coisa que agora só faço aos domingos -, e ainda estudava um pouco antes de trabalhar. Entrava às 14hs e ainda conseguia me atrasar. Trabalhava 4hs por dia e mantinha minha vida e meu blog sempre atualizados.
Esses dias, na volta para casa dentro de um ônibus lotado, em horário de pico, eu vinha meio dormindo e meio pensando. Sabe por que Camões escreveu "Os Lusíadas"? Talvez porque ele não tinha um trabalho, chefe chato e contas a pagar no final do mês. Digo isso porque não tenho tido tempo nem ao menos para ler alguma coisa que não seja texto atrasado da faculdade, escrever então... Um dia ou outro consigo 15 minutos para me distrair, como agora.
Essa semana foi cruéeeeeeeeeel. Trabalho sem miséria.  Sem contar que já estamos, praticamente, no mês de Novembro, logo, os professores já começam a fazer lembretes do tipo: trabalho matado é recuperação.  Por falar nela, sim, caros leitores, pela primeira vez na minha vida, no semestre passado peguei rec em 2 disciplinas. Acreditem, eu não fiquei feliz.  Isso porque estava trabalhando 6hs por dia e entrava às 8hs, horário que agora já estou pensando em almoçar.
Hoje, não fui pra faculdade. Cheguei a casa e desmaiei sem ao menos tirar os sapatos. Eu dormiria até aparecer um príncipe encantado – ou um sapo, já que estou longe de ser princesa – para me acordar, caso eu não tivesse que levantar, colocar o celular para despertar e arrumar a mochila para trabalhar amanhã cedo. Bem o fato é que levantei agora pouco com a cara meio amassada e entre estudar e escrever um pouco escolhi a segunda opção. Não estou muito a fim de ficar lendo 5 vezes o mesmo parágrafo, e é o que acontece quando tento estudar quando estou muito cansada.
É claro que isso dá uma certa “dor” na consciência, já que a maioria das pessoas deve estar estudando enquanto eu fico aqui escrevendo baboseiras. Bem, o fato é que eu preciso descansar porque amanhã ainda é sexta-feira, terei mais um dia duro e não vou poder adiar mais o meu encontro com o Manual de Historiografia.

28/10/2010

Um mundo quase sem cor


A vida é assim, cada louco com a sua mania e eu, do alto da minha ilustríssima insanidade, já  tive algumas.
A primeira delas, aos 7 anos, foi comer pasta de dente com a minha irmã caçula e a minha melhor amiga - bons tempos! Anos depois, montei uma coleção de chaveiros, de todos os tipos, sem qualquer motivo ou explicação plausível. Dos 13 aos 15 anos, colecionei papeis de carta e decepções amorosas. Foi mais ou menos naquele tempo que comecei a escrever e colecionar cartas, as quais não conseguia enviar. Pela cronologia apresentada até então, já deu pra notar que sou do tempo em que o "Milkbar" era "Lolo", portanto, juntei uma porção desses carinhosos e coloridos manuscritos.
Muitas coisas aconteceram, muitos hábitos se perderam, porém um deles bravamente resiste: meu amor pelas palavras. Que saudade que tenho da bic de 4 cores que enfeitava os rodapés das  cartas da minha adolescência! Era como se enfeitasse  os meus textos e a minha vida inteira. Mas com o passar do tempo tudo foi perdendo a cor. 

Sejam bem-vindos tons pasteis da vida adulta!

26/10/2010

"No more tears"

Poesia é uma forma de libertação.

Adilia Lopes.

http://www.germinaliteratura.com.br/alopes.htm

Olhos vendados

Queridas Palavras,

Conduzam-me nessa profunda escuridão e, por favor, não me mostrem a luz porque quem não pode ver com os olhos aprende a enchergar com o corpo inteiro.

25/10/2010

"Mesmo calada a boca ainda resta o peito"

Tentei ser poeta
Tentei fazer análise
Tentei acreditar em "eterno"
Tentei transferir minhas culpas
Tentei esconder meus defeitos e apontá-los nos outros
Tentei esconder a sujeira embaixo do tapete
Tentei odiar quem eu amava e amar quem eu odiava
Tentei ouvir grosserias e achar que era normal

Agora escrevo porcarias
Tenho crises histéricas
Não almejo a eternidade
Assumo minhas culpas
Rasgo as minhas roupas
Mordo a minha língua
Aponto o dedo na minha direção
Jogo a merda no ventilador
Amo quem me ama, quem me odeia não me importa
Não jogo conversa fora
Não aceito desaforos
Uso uma linguagem tão vulgar quanto as grosserias

Não sei se vivo melhor, 
Mas pelo menos ainda vivo.

24/10/2010

Pensamentos de uma tarde de domingo

Só postando frases curtas para conseguir acessar todas as redes sociais e responder a todos os amigos.

O Facebook e o Twitter estão me deixando preguiçosa.

Ainda não aprendi não cair. Mas já aprendi a levantar rapidinho.

Queria ser como meu notebook, carregar a  bateria  em qualquer tomada.

Odeio ficar sozinha, mas sobrevivo.

Quando eu tiver achando  tudo lindo e sentir-me satisfeita, com certeza já morri.

Preciso criar uma comunidade "Eu não sou de ferro".

Minha cabeça está cheia e o meu bolso está vazio.

Vou fazer uma pesquisa para lançar um livro cujo título será "10 dicas para não entrar na Internet na hora de estudar".

Pra se formar na USP é preciso dinheiro, tempo e paciência.

Sobre o "Tropa de elite": Em merda, quanto mais a gente mexe, mais fede.

Eu ia postar isso no mural do Facebook, mas queria dar um "enter" só.

21/10/2010

Amor Grande Hotel

Perguntas retóricas...

"Qual o segredo da felicidade?"
"Qual o sentido da realidade?"
"Será preciso ficar só pra se viver?"
...
"O nosso amor se transformou em "Bom Dia".

16/10/2010

Minha vida em verde e amarelo

"E a gente vive junto, e a gente se dá bem,
 Não desejamos mal a quase ninguém.
 E a gente vai a luta, e conhece a dor,
 Consideramos justa, toda forma de amor
 ô, ô, ô..."

- (Ah! sem o oh, oh, oh não tem graça!)

15/10/2010

Em horário nobre

Minha vida é uma novela. Desculpem-me pela metáfora cliché, mas é assim que me sinto. Em cada etapa percorrida represento um personagem, às vezes a vilã, às vezes a mocinha... Viver é aprender  lidar com ganhos e perdas. Mas não foi para falar sobre o passado que resolvi escrever. Quero concentrar-me no futuro. É como se a figurante da minha “vida-novela” tivesse o desejo de se tornar a protagonista, em horário nobre, representando papéis notáveis pré-escritos em rascunhos guardados na minha gaveta. Quero ser a guerreira personagem que emerge dos meus sonhos, fazer coisas que nunca pensei ser capaz, não por incompetência, mas por medo de que o melhor que tenho a oferecer não seja suficiente para alcançar grandes feitos. Bem, hoje sei que é preciso arriscar. E se o sucesso não cruzar o meu caminho ao menos eu tentei.

13/10/2010

O mundo em um click.

Feriado, tarde ensolarada, Dia das Crianças. Um monte de coisa por fazer, textos e textos da faculdade, seminário para amanhã e eu aqui, na Internet. Ô víciozinho maldito, ou será bendito?

Fiquei algum tempo sem acessar a rede todos os dias porque depender de Lan House e pró-aluno é o Ó.  Mas aí Plim! Graças à promoção da Net e a iniciativa do Eto, que convenhamos, é muito mais viciado do que eu, eis a minha “Vida Online” em casa novamente, e eu volto a trocar o mundo real pelo virtual.  O pior é que isso leva um certo “tempo”, no meu caso, o suficiente para não conseguir estudar, por exemplo.  É como um efeito dominó: entro para ouvir uma música, que leva a outra música, que leva a um filme, que leva a um amigo, que leva a um lugar, e lá se vai a tarde inteira. E as fotos? Adooooooooooro ficar olhando os álbuns dos amigos, aquela coisa nostálgica de lembrar os bons tempos.  E é assim, entre o Facebook, o Yahoo, o Twitter, o YouTube e o Blogspot vou passando meus sedentários dias.
Acho que, como tudo na vida, isso tem dois lados.  Viajar pelo mundo em um click torna-me meio onisciente e onipresente, e gosto dessa sensação. Tenho tudo de que preciso na minha cama em uma tela de 17 polegadas. Em contrapartida, torno-me um pouco ausente com relação às pessoas, como a minha mãe que, quando não me vê por duas semanas, liga para perguntar se eu não tenho mais família. Essa é a parte que não é muito legal.  
Bem, infelizmente já deu por hoje. Como diria um amigo: “sinto a dor do parto, mas tenho que partir”, quer dizer, sair da Internet, desligar o Wi-fi e tentar dormir mais cedo do que ontem, afinal, acabou o feriado e amanhã o dever me chama cedo.



07/10/2010

Respeitável Público


Uma das minhas funções diárias é ler os principais jornais de circulação nacional. Nas últimas semanas não se tem falado sobre outra coisa a não ser a candidatura do deputado federal eleito como o mais votado, Tiririca, ou Francisco Everardo Oliveira Silva. Eu já não agüentava mais ouvir e ler difamações sobre a pessoa, por “n” razões.  O que os “bam, bam, bam” não imaginaram é que, enquanto falavam mal ou faziam chacota, promoviam o homem. Não é a toa que se diz: “falem mal, mas falem de mim”, ainda mais em época de eleição.
O bordão da campanha é sucesso absoluto: “Vote no Tiririca, pior do que ta não fica”. Alguns dizem: “pior do que tá fica sim”. Mas vê se alguém se manifesta para tentar melhorar? Sem contar que há uma galera que não sabia méééésmo o que faz um deputado (He, He, He). Espero que o Tiririca cumpra sua promessa eleitoral: contar pra galera o que faz um deputado.
Atualmente, o que está me incomodando é o fato de os invejosos ficarem chamando o cidadão de palhaço. Ele não é palhaço.  Já foi, (e quem não foi uma vez na vida?) agora ele é comediante; e o cara é engraçado, bom no que faz, ao contrário de muita gente que se diz político sério e competente.
 Querem saber? Os verdadeiros palhaços dessa história somos nós, que acordamos cedo todos os dias para ganhar uma miséria a qual acaba indo para o bolso desse bando de “políticos honestos” .  Os caras ainda têm a cara-de-pau de dizer que “política é coisa séria”. Esse país é um grande picadeiro.  O povo tem que domar um leão por dia enquanto os  políticos fazem o dinheiro público desaparecer em um passe de mágica como no episódio da cueca.
Quanto a mim? Eu quero é mais. Para que ficar ensinando o hino nacional pra jogador de futebol se a galera quer mesmo é cantar uma música bem mais popular, que não requer análise sintática para seu entendimento...  “Florentina, Florentina, Florentina de Jesus, não sei se tu me amas, pra que tu me seduz”.

Blog novo, textos velhos

Blog novo, textos velhos... 

Não gostaria de me desfazer deles. Todos são um pouquinho de mim.