25/10/2010

"Mesmo calada a boca ainda resta o peito"

Tentei ser poeta
Tentei fazer análise
Tentei acreditar em "eterno"
Tentei transferir minhas culpas
Tentei esconder meus defeitos e apontá-los nos outros
Tentei esconder a sujeira embaixo do tapete
Tentei odiar quem eu amava e amar quem eu odiava
Tentei ouvir grosserias e achar que era normal

Agora escrevo porcarias
Tenho crises histéricas
Não almejo a eternidade
Assumo minhas culpas
Rasgo as minhas roupas
Mordo a minha língua
Aponto o dedo na minha direção
Jogo a merda no ventilador
Amo quem me ama, quem me odeia não me importa
Não jogo conversa fora
Não aceito desaforos
Uso uma linguagem tão vulgar quanto as grosserias

Não sei se vivo melhor, 
Mas pelo menos ainda vivo.

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