30/01/2011

Eu não vejo 3D, mas não sou um ET

Porque? Era a questão. Será que sou de outro Planeta? Não é possível uma criatura da Terra ter tanta dificuldade de adaptação. Devo ser um ET.

A primeira vez que eu fiquei frustrada com esse assunto foi no dia em que fui ver a Taça da Copa, nas vésperas de um dos campeonatos mundiais. Não me recordo o ano - talvez minha irmã lembre porque estava comigo e rimos disso. Durante a visita, assistimos a um filme sobre a história dos campeonatos mundias de futebol. As pessoas vibravam com os chutes do Pelé. Eu? Ahn? Fiquei totalmente sem entender o motivo de tanta vibração com os movimentos do filme. Sinceramente, não vi nada extraordinário. Porque não consigo ver? Pensei que fosse defeito nos óculos, então, troquei com a Li pra testar, e nada. Entreguei os óculos achando que não funcionavam e fim de papo.


Um dia, fomos eu, Eto e a mãe dele ao cinema. O filme era o Shrek Forever. Eto tinha ido buscar a pipoca e Dona Vera vibrava com as emoções do início do filme. Euzinha lá. Olhava, olhava e nada. Pedi para trocar de óculos com ela, que dizia: olha Sol, que legal. Eu? Nada. Só via que as imagens ficavam distorcidas quando eu tirava os óculos. Eto chegou, assistimos ao filme. Todos riam muito em cenas de movimento. Fui embora pensando: porque só eu não via a porra do 3D? Testei 3 óculos? Foda-se, não vou morrer por isso.

Outras vezes fui ao cinema já acostumada com o fato de que as coisas não mudariam muito, mas tentei novamente. E o 3D nada de aparecer... Que merda!


Pra mim isso se tornou natural. Nunca senti a necessidade de buscar uma resposta pra minha questão, talvez por vergonha, sei lá. Porém, hoje à tarde eu estava assistindo a um programa e vi uma reportagem sobre imagens 3D e ilusão de ótica. Muito interessante por sinal. De repente ouvi um comentário: "como aquelas pessoas que não conseguem enxergar 3D". Ahn? Eles estavam falando sobre mim, quer dizer, também sobre mim.

Fui correndo pra Internet porque fiquei super curiosa e queria saber. Como assim? Tem um monte de gente que, como eu, não fica suuuuuuuuper animado com as imagens tridimensionais? A resposta é SIM.

Bem, agora tenho certeza de que os óculos do cinema funcionam bem.  O que não funciona muito é a minha visão (e a minha audição também não é das melhores). Tô quase começando a estacionar na vaga dos deficientes rsrsrs. E não posso usar lentes por que mesmo depois de 2 cirurgias ainda sou um pouco estrábica. Mas não fica com peninha não, afinal, não vou precisar gastar com uma dessas TVS suuuuper caras, master, blaster, plus, com óculos sei lá do quê.

Então, aí vai um link pra quem, como eu, vai economizar no próximo filme porque não faz a menor diferença, ou pra quem é curioso mesmo:

27/01/2011

Chocolate

A:  - Se eu te chamar de Bombom você vai ficar ofendida?

B:  - Não, mas não vai querer tirar uma casquinha, né?

(risos)

Minha vida é...

Viver é tudo

Pensar e não pensar.
Sorrir e não sorrir.
Chorar e não chorar.
Dormir e não dormir.

Ser e não ser.
Ver e não ver.
Ter e não ter.
Ler e não ler.

Amar e não amar.
Sofrer e não sofrer.
Sonhar e não sonhar.
Querer e não querer.

"Adoooógo"

Dia corrido!

Tentei o dia inteiro tirar 10 minutos para escrever um texto sobre o chifre do Antônio Fagundes (ainda não decorei o nome do personagem né gente!). Sim, estou de férias, portanto, com tempo para asssistir a alguns capítulos da novela das 8, quer dizer, das 9:30. Meu, a cena merece comentários. Foi a melhor. Liiiiiiiiiiinda, rsrsrsrs.

Só consegui parar mesmo na hora da novela. E agora? TV ou Internet? Acho que as duas coisas. Antes de começar a escrever, dei aquela circulada básica na net, e olha só o que eu encontrei. Deve ser obra do destino. Ou a cena foi mesmo um show. Escrever mais o quê? Sem comentários! Adóooooogo!

Ueba! É o "Insensato Chifrudão"!

"BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República!
E mais uma pra minha série "Os Predestinados": é que no Rio, mais precisamente no Méier, tem uma urologista chamada Eneida PINTO CAVALHEIRO. Sensacional!
E a manchete do "Sensacionalista": "Depois de enquadrar os ministros, Dilma é convidada para treinar o Bope". Socuerro! Vai todo mundo pedir pra sair. Rarará!
E a mais perfeita definição do Berlusconi: um Paulo Maluf pornô! Um evangélico me disse que o Berlusconi tá possuído pelo Demônio da Prostituição! Rarará!
E a novela "Insensaco Coração"? E a barriga do Fagundes? Acho que ele comeu a Mulher Melancia, e nem foi no bom sentido. Foi no sentido errado: engoliu a Mulher Melancia!
E adoro o trajeto profissional do Fagundes: foi "Dono do Mundo" e quebrou, foi "Rei do Gado" e faliu, foi caminhoneiro e rodou, virou chefe de favela e agora levou um chifre. Do tamanho da torre Eiffel!
"Insensato Chifrudão"! Não existe mais novela sem chifre! O chifre é próprio da novela, o boi usa de intrometido. E como diz o outro: "O problema não é o chifre, é aguentar os comentários!". Rarará!
Eu acho que o povo do Projac só anda de teto solar. Novela das seis: chifre. Novela das sete: chifre. Novela das nove: chifre. A Globo é chifruda. Rarará!

E o Bial, hein? Pega o termômetro! Tira a temperatura dele. Surtou de vez! A penúltima pérola: "Transar com mil mulheres é mais fácil do que ganhar o "BBB'". O Bial tá PRECISANDO transar com mil mulheres. Ao mesmo tempo. Pra relaxar!
Ganhar o "BBB" é fácil, difícil  é achar uma mulher que queira transar com o Bial. Rarará! E outra: "O Diogo tem a autoconfiança de quem inventou o pinto". Só se for um pinto gago e que dança axé! Rarará!
E a notícia: "Duas tetranetas de Tiradentes também vão pedir pensão ao governo". Eu também. Eu sou heptatritetrabisneto de Adão! Um brasileiro ilustre! Qualquer R$ 25 mil tá bom!
O Brasileiro é Cordial! Mais uma do Gervásio. Cartaz na empresa em São Bernardo: "Esse carro é de uso exclusivo pra trabalhar, se eu pegar algum cabelo de sirigaita aqui, vou fazer o don juan lavar uma calcinha geriátrica com a boca até ficar com uma língua de cobra. Conto com todos. Assinado: Gervásio". Rarará!
A situação tá ficando psicodélica. Nóis sofre, mas nóis goza!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!"

(José Simão)

24/01/2011

Escalpeamento é coisa séria.

Assisti a uma reportagem em um desses programas de domingo à tarde que tratava de um assunto até então desconhecido por mim, o qual me chamou muito a atenção: o escalpeamento.  Observei que por trás daquela demagogia básica a qual todos nós já conhecemos estava sendo discutido um caso de saúde pública que, portanto, deve ser conhecido por todos. Trata-se de um acidente comum nas regiões ribeirinhas no qual as vítimas, a maioria mulheres e crianças, têm o couro cabeludo arrancado pelos motores de pequenas embarcações, meio de transporte mais utilizado na região Norte do País (Amazônia, Pará, etc).
A reportagem contava a história de vítimas deste tipo de acidente, que relatavam a dificuldade em conseguir socorro imediato. Também mostrava o longo e doloroso processo de recuperação. O motivo inicial da minha preocupação foi o preconceito que existe devido às marcas físicas - cicatrizes, deformações  e calvice irreverssível. Além disso, espantou-me  a descrição do longo período de tratamento e das diversas cirurgias de reconstituição. E o que me deixou indignada foi  a falta de cuidado por parte dos condutores e das autoridades locais. Não é utilizada proteção nos motores, o que facilita a recorrência destas fatalidades.

Desde 2009, de acordo com a Lei 11.970, é obrigatório o uso de proteção no motor, eixo e partes móveis das embarcações dos rios da Amazônia. Todavia, não há fiscalização suficiente, logo, muitas pessoas continuam expostas e este tipo de risco.
Maria do Socorro Pelaes Damasceno, a  Presidente da Associação das Mulheres Escalpeladas do Amapá, sofreu um escalpelamento aos 7 anos e já fez várias cirurgias plásticas para reconstruir o rosto e  o couro cabeludo.

Não utilizo este tipo de transporte, mas durmo no “busão” todos os dias na ida e na volta para o trabalho e, aí galera, é difícil não se entregar a uma soneca depois de um dia cansativo, portanto, não deve ser difícil ser pego de surpresa pelo eixo do motor.

É importante a divulgação deste problema para que haja uma cobrança maior da sociedade em relação à fiscalização deste meio de transporte. Não é possível reverter os casos que já ocorreram, mas não é impossível cumprir a prevenção já instituída de novos casos, né gente? 

Vamos todos dizer NÃO à mutilação por descaso e irresponsabilidade.

21/01/2011

Tô me achando. E daí?

Semana passada eu disse ao Laerton, com um toque de ironia, que existe o “Nível Eto”.  Que ele vê as coisas lá “do alto do nível superior”. Avaliando posteriormente a minha frase e fazendo uma analogia com o momento atual da minha vida profissional, sim “pode ser que talvez haja assim tipo uma meio que possibilidade” de eu também agir dessa forma. Essa redundância toda é resultado da minha dificuldade em assumir que “é, Brasil, eu também me comporto dessa maneira às vezes”.

Porque cheguei a essa conclusão? Ontem foi meu primeiro dia de trabalho na CESP e, enquanto a Evelise, a gentil e doce menina a quem vou substituir, me explicava dedicadamente como deve ser feito o trabalho, eu pensava/desabafava:
 “Eu sabia que uma hora o meu dia ia chegar! Estágio? nunca mais. Bolsa auxílio? não quero nem lembrar. Minha fase de "escraviária" agora faz parte do passado. E não é que eu seja mal agradecida. Quero trabalho e salário dignos, que possam compensar os anos que passei (me fudi) na faculdade (e mercenária é a vovozinha, que Deus a tenha). Tem mais: eu mereeeeeço”.
Sentiu o “Nivel Sol”? Mas esses pensamentos vinham acompanhados por uma espécie de culpa por eu estar reconhecendo que, finalmente, eu tenho um lugar no “espaço”, e não é qualquer lugar, é o lugar que eu escolhi. Agora sou revisora. Eu só não entendia o motivo da culpa, afinal, porque é que tenho que falar dos meus defeitos o tempo todo? das coisas que perdi ou que deixei de ganhar. A tia chata aqui também tem o direito de reconhecer seus predicados né minha gente? 

19/01/2011

Consulta médica

Lá estava eu na sala de espera da clínica, há 2h30 esperando para fazer meu exame demissional. Clima teeeeeenso. Muitas pessoas aguardavam com cara de “porra, que saco ficar sentado aqui”. Dormi, acordei, li 2 revistas e meia, ouvi todas as músicas do celular, bebi um litro de água. Um verdadeiro tédio.
Tomei até um susto quando ouvi meu nome em uma salinha escondida no final do corredor. Enfim era o último episódio da minha saga de sair do emprego, depois de escrever minha carta de demissão e de ouvir a crise da minha ex-chefe porque eu não ia cumprir o aviso prévio.
Entrei na sala, fechei a porta, sentei.  Aquela voz com eco tipo a do Cid Moreira declamando a Bíblia Sagrada me perguntou algumas coisas sobre meu estado de saúde atual. Mediu minha pressão arterial e em seguida pediu que eu ficasse em pé e mostrasse as pernas. Ah? Pra que? Tá né. Um homem de 60 anos, 1,30m de altura e voz de Evangelho não pode me fazer mal. Levantei meu vestido, que era longo, devagar. O homem ficou desesperado, começou a gritar: NÃO, NÃO... E eu: “Você que pediu.”
Tá achando engraçado? Também achei.  Parei antes que ele visse meus joelhos. Com uma cara catatônica ele olhou meus tornozelos a 1 metro de distância, desviando os olhos.  Será que ele achou que eu ia arrancar o vestido inteiro? Só me faltava essa! Ele disse, meio sem jeito, “está tudo bem”. Frase ambígua.  Pronto. Assinei o papel, agradeci e saí da sala. Os olhos dele me acompanharam até a porta. Ainda bem que eu não leio pensamentos.

13/01/2011

"A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte"


Quem gosta de cinema já esteve no Cine Belas Artes, ponto de encontro e de referência cultural em Sampa, localizado no cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, desde 1943.
É óbvio que as pessoas frequentam os cinema dos inúmeros shoppings da cidade entre as compras e as visitas ao cabeleireiro, mas aí, bom mesmo é sair exclusivamente para ir ao cinema (aquele lugar com cheirinho de quero mais). Pode ser na companhia do parceiro, dos amigos, da família. Vale até ir sozinho em uma sessão de segunda-feira à tarde para ausentar-se por duas horas da cruel realidade e adentrar no mundo encantador da grande tela.  E o “Noitão”, minha gente! Como viver sem ele!  Vários filmes seguidos, café nos intervalos e cara da sono na manhã de sábado seguinte. Sempre fico até o fim.
Pois é, recentemente fiquei indignada ao saber pelos jornais que o lugar que já faz parte da minha história e da vida de muitas outras pessoas, cinéfilas ou não, corre o risco de não mais existir. Isso porque o dono do imóvel, Flávio Maluf, segundo a Folha de SP, pediu a devolução do espaço, sem justificativas. Como assim! Afinal, gente, “Belas Artes” já é sinônimo de “cinema”.
Várias pessoas fizeram um protesto contra o fechamento do local e, ontem, o Secretário de Cultura de SP, Carlos Augusto Calil, manifestou-se sobre o assunto. Uma entidade civil protocolou na prefeitura o pedido de tombamento do edifício. Diante do documento foi decidido que a demanda será levada à votação já na próxima reunião do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp), na próxima terça-feira, dia 18.
Espero que o resultado seja positivo para que eu possa continuar sentindo o cheirinho de pipoca que vem lá daquele lugar que me convida sempre que estou parada naquele cruzamento: “vai um cineminha aí?”

12/01/2011

Plágio não, divulgação

Muito bom o texto... recomendo.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/tec/tc1201201120.htm
folha@luli.com.br

Sobre e-mails e mensagens

UM DOS PRINCIPAIS indicadores do final das férias é o reencontro com uma pilha de mensagens recebidas durante o período em que se esteve ausente. Rever e arrumar a comunicação interrompida sempre trouxe uma sensação acolhedora de importância, reverência e organização. Até porque o trabalho não era muito, e costumava ser uma boa alternativa à tediosa desarrumação das malas.
As tecnologias digitais desmaterializaram a informação e, nesse processo, a vêm tornando inadministrável. Volumes de correspondência que não seriam recebidos em décadas são agora acumulados em horas, a ponto de se tornarem uma das principais atividades profissionais. Quem nunca terminou um final de semana debruçado sobre seu notebook, organizando uma cornucópia de e-mails? Quem nunca começou um dia disposto a erradicar a caixa de entrada, só para descobrir, bem depois da hora do almoço, que a tarefa era impraticável?
Não é preciso voltar muito no tempo para lembrar da época em que era uma alegria receber uma mensagem, tema até de comédia romântica nos anos dourados do fim do século passado. Hoje, que até startups e videogames são transformados em filmes, as histórias em torno do e-mail e seus correlatos estão mais para o drama, o humor negro ou a piada sem graça.
Boa parte dessa insatisfação não vem das mensagens em si, mas de seu teor. A maioria delas -como a maioria da comunicação no ambiente de trabalho- é inútil, repetitiva ou indesejada. Mesmo assim precisa ser lida, respondida, copiada, reencaminhada, identificada, classificada, filtrada. Nesse sistema burocrático, tudo precisa ser guardado porque pode se transformar em documento legal. Quando toda conversa pode ser relevante, praticamente nenhuma o é.
O resultado é que há cada vez menos paciência para se ler mensagens, e cada vez mais filtros para bloqueá-las. Já que confrontar diretamente seus emissores é tão impossível quanto ignorá-las por completo, a única forma de liberdade e vingança contra essa opressão parece ser empilhar a correspondência em algum canto, guardando-a como se faz com velhos recibos e balancetes contábeis, para uma eventual e improvável consulta posterior.
Assim, Gbytes são ocupados por cópias de conversas profissionais, avisos de contatos em redes sociais, newsletters, mensagens de grupos de discussão, notificações variadas, comprovantes e confirmações, lembretes de calendários, malas diretas comerciais e tantos outros.
Na disputa entre a criatividade dos emissores, a resposta dos firewalls e sistemas anti-spam e a sobrecarga de seus usuários, o sistema de e-mail acabou perdendo sua previsibilidade. Até há pouco tempo, quem mandava uma mensagem de correio eletrônico partia de uma certeza técnica, uma confiança tácita, de que ele chegaria a seu destino ou voltaria ao remetente, como uma carta o faria. Entretanto, aos poucos, muitas mensagens digitais começam a desaparecer sem deixar rastros. O que aconteceu com elas só se pode especular: podem ter sido filtradas, encaminhadas para uma pasta qualquer ou simplesmente se perderam na imensidão das caixas de entrada.
Quem, afinal, nunca usou um filtro de spam como desculpa pela demora em responder a um e-mail?

Mal-humorada por opção

Há dias em que estou de mau humor, outros em que estou ainda pior, mas disfarço com desenvoltura para o bem da humanidade. Acordo suuuuuper cedo, pego o bendito metrô lotado e sigo feliz. (Oi?)
Esse dias, fiquei ainda mais furiosa. Tenho um ódio mortal de dormir sozinha e, devido à interdição da Marginal Tietê por motivos de “chuva” maior, passei a noite sem dormir ouvindo o barulho do entra e sai no portão da casa em que eu moro. Aí depois vem aquele povo metido a “Zem” tipo “zem graça” me dizer que “a gente tem que ver o lado bom das coisas” e que TEM que “ser bem-humorado”. Peraí? Eu tenho que ficar “mostrando os dentes” porque mesmo? Por causa da enchente? do trânsito? do barulho do meu portão? Desculpem-me sorridentes de plantão, mas não dá não. Prefiro admitir que o dia foi uma merda a ficar mostrando um sorriso amarelo de canto de boca para agradar a galera.
Mas aí, Brasil, gostaria que soubessem que ser assumidamente mal-humorada não me impede de sorrir, às vezes, quando vejo algo REALMENTE engraçado. Também não me impede de deliciar-me com algumas coisas boas que a vida tem pra oferecer. Os mal-humorados também se divertem, gente.
Olha essa tira, por exemplo, adorei. 
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/quadrin/f31201201101.htm
 

11/01/2011

A bola da vez

Ueba! Mais um massacre! Depois do auê que fizeram devido ao vestido da Geize, das críticas feitas ao deputado Tiririca e das piadas machistas e perversas contra a presidente Dilma a bola da vez é a cantora Amy Winehouse, que tem sido alvo da “língua-afiada” da imprensa. O motivo? A imagem a seguir:
Os principais jornais do País, que se dizem imparciais, colocaram sob os holofotes da mídia a imagem de Amy, no hotel Santa Tereza, RJ. Muitos até desconsideraram as fotos do show, realizado em Florianópolis:


Não estou dizendo que a cantora é “Sandy”, quer dizer, “Santa”, mas aí, o que houve com o ditado “quem nunca fez cagada na vida que atire a primeira pedra”? Pedra que nada! Estão jogando é um caminhão de concreto na cabeça da mulher, que temos que reconhecer: canta muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito.
Gente, que moralismo mais imbecil! As pessoas cuidam demaaaaaaaaaaaais da vida dos outros. Estão parecendo "um bando de urubu em cima da carniça". Bando de Zé Povinho! Se a mulher usa droga, é com o dinheiro dela. Se ela bebe é problema dela – desde que não atrapalhe o show. O que ninguém consegue questionar é que ela tem uma voz incrível, incomparável, maravilhosa. E como o trabalho dela é cantar, Brasil, as pessoas podiam deixar os peitos da Amy em paz, afinal, opinião é uma questão de ponto de vista e ela, como cantora, cumpre seu papel com méritos.

08/01/2011

"13 going on 30"


“Terminei” a faculdade recentemente. Daqui a dois meses completarei 30 anos. Parece que foi ontem que eu arrumei “my first job” pra poder comprar esmaltes e sair com as meninas, aos 13. Parece que foi ontem que eu disse “sim” ao homem que eu achei que estaria comigo “pra sempre”, aos 20. Parece que foi ontem que passei no vestibular e pensei que minha vida estaria resolvida, aos 25. Doces ilusões! Bobagens!
De “5 em 5” a galinha enche o papo, e cá estou eu.  É claaaaaaaaro que digo que não me importo, mas gente, convenhamos! Não tenho mais peitos de 18 anos (como diz Cameron Diaz, em The Sweetest Thing). O que não quer dizer que eu esteja um lixo (mesmo por que sou a favor da reciclagem, he, he).  Tem gente que diz que faço drama, mas não faço NÃO. Uso o antirrugas só por prevenção.  
O fato é que estou satisfeita. Se não totalmente, estou parcialmente realizada, afinal minha vida está seguindo “mais ou menos” o ritmo do progresso. Com um probleminha aqui, outro ali, que não foram suficientes para “abortar” meus planos. Desta forma, ao que tudo indica, tenho chances de chegar ao menos perto de onde eu sempre quis.
Eh, minha gente!  Na véspera de “trintar” vejo que, talvez, acumular idade tenha lá suas vantagens.

06/01/2011

Um tímido ínício de novos tempos

E depois de uma longa espera e de muita ansiedade, toca o celular ...
O "desconhecido" do outro lado da linha era a voz da minha resposta, tão desesperadamente aguardada, que dizia "agora é a sua vez, criatura, e o seu sucesso ou fracasso só depende de você". Desliguei o telefone. Está aceito o desafio.

05/01/2011

Uma hora eu chego lá

O ano mal começou e lá vem a chatice da tia Sol: “tá faltando alguma coisa...” Ah! Ah! Mas não é culpa minha não.  É culpa do meu querer. Desse desejo que me persegue. Talvez seja cedo demais para começar as cobranças, mas é que diante do tédio, cada dia parece uma eternidade.  E o que eu faço com essa voz aqui dentro que me diz todas as noites “deixa de ser besta, mulher, pra que esse medo? corre atrás e uma hora você chega lá”.  E aqui estou eu à procura do novo, de alguma coisa que seja maior que o meu sonho. E se eu me machucar não tem problema, coloco um band-aid, ou quantos forem necessários. Quero paixão, quero fogo, e se eu me queimar não será a primeira cicatriz, nem a última, porque viver é arriscar. É apostar todos os dias. Perder em um dia, ganhar no seguinte. A vida é isso. E se não for assim não tem graça.

04/01/2011

Colação de Grau


Decepção. Essa é a palavra certa.

Sei que deveria estar comemorando ou coisa similar. Mas como? E os sininhos? Cadê as palmas? (Oi?)
Há uns 10 anos tenho esperado este dia: o dia da minha Colação de Grau.
E a única palavra na qual consegui pensar na hora em que li o Juramento de Conclusão de Curso foi "decepção".

Tudo começou com meu sonho de "aluna de escola pública de periferia".
Depois veio o cursinho,
o vestibular...
E lá se foram 5 anos, e muitas noites de estudo.

E depois de tudo, tanto esforço, fiz uma solicitação de documento, sem solenidade.
E tudo acabou com um "parabéns" e uma assinatura no balcão da seção de alunos.

03/01/2011

Enfim...


 Desta vez, não fiz as tradicionais promessas de Ano Novo,
por que não ter nada definido me faz ver mil possibilidades!