07/04/2011

Uma xícara de café com leite

Ser humano sociável, dependente, incompreendido, patético. Como lamenta o sofrimento! No entanto, o provoca. É óbvio que pertenço ao grupo. Também sinto falta sem saber de que, mas ao contrario de muitos, não aborto o processo da ausência. Sinto na pele toda a dor, sem crença, talvez com alguma melancolia porque não haverá um mundo melhor, uma vida melhor, um Homem melhor. Tudo é exatamente o que é. Mas a gente não vê beleza na realidade, em “ser”. Só em “ter”. E queremos sempre mais. Ter felicidade, ter amor, ter amigos, ter dinheiro, ter, ter, ter. Mas não estará a dádiva relacionada à falta? Ao “não ter”? Não é assim que se aprende?
Não tenho razão, não tenho “A verdade”, não tenho quase nada. Esperança? Tenho pouca. Só para continuar a caminhada, cuja única certeza possível é a morte. Mas deixe isso pra lá porque não tem mesmo importância. Isso é só o resultado de uma madrugada sem sono e de uma quentíssima xícara de café com leite. Já pensou se fosse vodka?

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